Aos colecionadores de sonhos: que o de vocês sejam bonitos e felizes! Que sua noite seja tranquila e repleta de bons sentimentos. Boa noite!
Se meus planos para agora à noite derem certo, daqui a pouco já estarei dormindo... Boa noite para você, que seu descanso seja digno e abençoado!
Hora de deixar para trás tudo que não te levou para frente... Não se arrependa de absolutamente nada! Feliz Ano Novo.
No entanto na infância as descobertas terão sido como num laboratório onde se acha o que se achar? Foi como adulto então que eu tive medo e criei a terceira perna? Mas como adulto terei a coragem infantil de me perder? Perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando.
Lembre-se: quem é capaz de sofrer intensamente, também pode ser capaz de intensa alegria.
Não quero a beleza, quero a identidade. A beleza seria um acréscimo, e agora vou ter que dispensá-la. O mundo não tem intenção de beleza, e isto antes me teria chocado: no mundo não existe nenhum plano estético, nem mesmo o plano estético da bondade, e isto antes me chocaria. A coisa é muito mais que isto. O Deus é maior que a bondade com a sua beleza.
Seja tão duro quanto a vida é dura com você!
Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.
Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu morreria simbolicamente todos os dias. Mas preparado estou para sair discretamente pela saída da porta dos fundos. Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui.
Nunca a vida foi tão atual como hoje: por um triz é o futuro.
Sabemos que a obra de arte não nos entende. E que viver é missão suicida.
Porque sei que ele é o meu erro. E de uma vida inteira, por Deus, o que se salva às vezes é apenas o erro, e eu sei que não nos salvaremos enquanto nosso erro não nos for precioso.
Em que momento é que a mãe, apertando uma criança, dava-lhe esta prisão de amor que se abateria para sempre sobre o futuro homem [...] Quem saberia jamais em que momento a mãe transferia ao filho a herança. E com que sombrio prazer. Agora mãe e filho compreendendo-se dentro do mistério partilhado. Depois ninguém saberia de que negras raízes se alimenta a liberdade de um homem.
E por um instante a vida sadia que levara até agora pareceu-lhe um modo moralmente louco de viver. [...] De que tinha vergonha? É que já não era mais piedade, não era só piedade: seu coração se enchera com a pior vontade de viver.