Eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda.